No último mês, O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciaram uma série de medidas, que tem como objetivo diminuir o número de cesarianas realizadas no Brasil.
A primeira medida é que, independentemente de estarem grávidas ou não, as mulheres poderão solicitar as taxas de cesáreas e de partos normais de cada médico e de cada estabelecimento de saúde. “Respeitar a mulher é acima de tudo disponibilizar a ela todas as informações sobre o parto normal e fazer com que o parto cirúrgico seja adotado apenas quando indicado”, ressaltou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Além disso, as mulheres terão acesso a um partograma: um documento que trará em detalhe informações sobre a mãe, o bebê e o desenvolvimento do trabalho de parto, como dados sobre a dilatação e as contrações.
Os números no Brasil:
Em maio foi divulgado um estudo que indicou que no Brasil o índice de cesarianas alcança 52% na rede pública, chegando a 84% na rede privada, sendo que a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a taxa de cesáreas não passe dos 15%. O Brasil tem a segunda maior taxa de cesáreas do mundo.
A pesquisa foi realizada através de uma parceria entre a OMS e a Fundação Oswaldo Cruz e acompanhou 23.894 gestantes em maternidades públicas e privadas.