A Episiotomia é um corte realizado na região do períneo, entre a vagina e o ânus, para facilitar a saída do recém-nascido. A prática está criando polêmica e não é de hoje. Uns creem que é uma mutilação desnecessária e um desrespeito a mulher, porém muitos médicos e estudiosos da área afirmam que o procedimento é simples e em muitos casos necessário.
A realidade é que a prática não é um consenso entre médicos e muito menos entre pacientes.
A prática foi difundida pelo obstetra irlandês Fielding Ould, no século 18. Porém, apenas na década de 1950 a técnica se popularizou. Era de consenso geral que a técnica evitava tanto lesões desnecessária no períneo.
A pesquisa Nascer no Brasil, divulgou que mais da metade das entrevistadas, que tiveram parto normal, passaram por episiotomia.
Mas por qual motivo a técnica é tão rechaçada e polêmica?
A episiotomia é um procedimento cirúrgico que leva cerca de seis semana para cicatrizar. Se os pontos não forem bem feitos há risco de fibrose, dor, dificuldade de cicatrização e perda da sensibilidade na região e em casos graves laceração e frouxidão na região perineal e dificuldade na contenção de órgãos como o intestino.
Porém, se não for realizada a episiotomia e a saída do bebê causar rompimento extenso os danos são bem parecidos aos da incisão mal feita ou da cicatrização com problemas.
Mas quando que a Episiotomia é realmente indicada?
A técnica é geralmente aplicada em mulheres com rigidez no períneo, parto pélvico (bebê sentado), sofrimento fetal e macrossomia (excesso de peso do bebê) e parto de prematuros. Juntos, estes casos somam apenas 10% dos partos normais.
Lembre-se que a informação é sempre o melhor caminho. Converse com seu médico antes do parto e saiba a opinião dele sobre a prática, aprenda exercícios que ajudam na elasticidade da região e informe-se para realizar um parto que agrade a mãe e não traga riscos para saúde do bebê.