Tudo começou quando a filha de de 3 anos de Rebecca Millar, Abigail, pediu para a mãe uma boneca. A tarefa seria simples, mas a menina não queria Barbies ou princesas da Disney. A pequena Abigail queria personagens da Marvel, mulheres de temperamento forte, independentes e totalmente fora dos padrões que até então faziam a cabeça e dominavam os sonhos de meninas na faixa etária de Abigail, personagens como a Viúva Negra dos Vingadores e Gamora de Guardiões da Galáxia eram as favoritas da pequena.
Vivendo na cidade de Melbourne na Austrália, Rebecca foi as compras, para satisfazer um desejo relativamente simples da filha. Porém o que a australiana percebeu abriu os olhos dela e de suas amigas para um fato que até então passava despercebido. Elas não encontraram exemplares de qualidade de bonecas como a Viúva Negra ou Gamora. Haviam no entanto, muitos bonecos com representações variadas do Homem de Ferro, Thor e Capitão América.
Passada a frustração inicial, Rebecca encontrou uma boneca estilo Barbie, porém ruiva e resolveu customizar a peça para que se parecesse com a Viúva Negra. Assim começou uma prática que acabou virando febre entre as mães e amigas da filha de Rebecca.
Hoje, Rebecca já tem 30 modelos de bonecas totalmente customizadas e que ela vende por encomenda pela internet.
Mas a reflexão permanece, será que este é um estereótipo ou a indústria realmente influência as meninas e até mesmo os meninos a ter um padrão de brincadeiras? Atualmente a discussão tomou grandes proporções, sendo que algumas escolas brasileiras já tem por padrão não adotar brinquedos exclusivamente masculinos ou femininos para hora da brincadeira dos pequenos, optando por peças que sejam de uso comum e incentivando tanto meninos quanto meninas a brincarem com todos os tipos de brinquedos disponíveis.
Mas o pensamento de que a indústria de brinquedos precisa se modernizar é uma constante e os pais também precisam participar ativamente desta mudança.