A britânica Jade Beall usou o Facebook para postar um manifesto em que externa sua preocupação e desabafa sobre sua decisão de ainda amamentar o filho de 3 anos e meio e sobre o preconceito que sofre com sua decisão.
Por incrível que pareça Jade não é a única a sentir o peso do preconceito. Mesmo hoje, em que as campanhas pró amamentação são presentes, extensas e atingem cada vez mais pessoas, muitas mães se sentem incomodadas com os olhares discriminativos que sofrem ao oferecer o peito aos filhos em locais públicos e as reclamações e constrangimentos são constantes por parte das mães.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês se alimentem exclusivamente de leite materno até os 6 meses e que após esse período continuem mamando até pelos menos os dois anos de vida. A britânica Jade resolveu ir além, em uma decisão que só cabe a ela e sua família e continuou amamentando seu filho após o período recomendado.
Abaixo você pode ler na íntegra o desabafo de Jade.
“Autorretrato tirado hoje com meu filho. Existem muitas maneiras em que a amamentação precisa ser vista como algo normal. Para mim, agora, precisamos normalizar o aleitamento estendido, em livre demanda, com desmame guiado pela criança, com meu filho de 3 anos e meio. Admito que nunca mais amamentei meu filho em público. Sinto como se estivesse cometendo um crime, quando tudo o que estou fazendo é providenciar conforto e nutrição para o meu filho. Vejo que com o meu desconforto em amamentar meu filho em público nos últimos dias existe uma maneira completamente nova de promover e apoiar o feminismo.
Ainda tenho leite, ele ainda quer o seu “nah nah”, como ele chama o leite, e nada, absolutamente nada o acalma de maneira melhor… Tentei desmamá-lo várias vezes e, finalmente, me rendi e passei a deixar fluir meu relacionamento com o meu filho.
Se isso te ofende, me questione, antes de me xingar. Vamos aprender uns com os outros. Vamos nos livrar do medo das diferenças e nos encher de curiosidade e compaixão!
* Meu filho come normalmente. Amamentar é mais um suplemento a esse ponto e muito reconfortante para ele.
* Minha mãe me amamentou até eu completar 5 anos e eu ficaria muito orgulhosa se ela compartilhasse esse comprometimento comifo, se houvesse mídia social lá atrás, nos anos 1980, e eu cresci e me tornei uma mulher bonita e incrível, feminista, que ama seus pais.”
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