Olá, vejo sempre depoimentos aqui e gostaria de deixar o meu também.
Bom, tive um namoro breve, havia apenas dois meses que tinha começado a namorar um rapaz, eu com 19 anos e ele com 21, e já ate tínhamos terminado quando eu descobri que estava grávida.
Fiquei desesperada, apesar de sempre sonhar em ser mãe, mas não naquele momento, com aquela pessoa. Meu desespero foi tanto que cheguei a comprar o CYTOTEC,que é um remédio pra abortar, e sempre tentava tomar chá de canela, arruda, boldo mais não tinha coragem eu sempre desistia.
Sem contar pra ninguém, eu sofria sozinha porque achava que meus pais iriam me virar as costas. Quando resolvi contar para o pai da minha filha, ele tentou me obrigar a casar com ele, mas eu disse que não queria, e ele disse que iria à minha casa conversar cm meus pais.
Contei tudo pra minha mãe q contou pro meu pai! No começo meu pai me apoiou muito, pois eu estava muito depressiva, e passei alguns dias internada com muita infecção de urina, emagreci demais, quase perdi a minha filha por causa da infecção. Mas quando eu melhorei ele começou a me maltratar, a me mandar embora de casa, a me falar coisas horríveis, ele me dizia que a decepção dele era ter uma filha mãe solteira, a gente discutia muito, e eu me descontrolava
Eu não me sentia mãe ainda, morria de ódio da cara do pai dela, me exclui de todo mundo, só tinha do meu lado mesmo a minha mãe, que nunca jogou na minha cara, e sempre me apoiou e cuidou de mim e da minha filha e enfrentou a tudo e a todos por causa de nós.
Quando minha filha mexeu pela primeira vez na minha barriga, foi com se eu tivesse levado uma chacoalhada do mundo! Foi aí que me senti mãe de verdade, e passei a amar loucamente minha filha. A dor se transformou em alegria, ansiedade e prazer em todos os detalhes de cada fase da espera por ela
Hoje a Alice esta aqui, linda, cheia de saúde e me faz sentir a pessoa mais importante do mundo. Não casei, continuo sendo mãe solteira, mas somos a alegria da casa e por incrível que pareça, a Alice é o xodó do meu pai.
A minha mãe guardou o remédio que eu comprei pra abortar, e mexendo nas coisas dela eu encontrei e me deu um aperto no meu peito. Olhei pra minha pequena deitada e pensei que se eu tivesse feito essa burrada não iria ter tido o prazer de ser mãe dessa criança tão linda que é a Alice, e aprendi que ”erros” não se concertam com outro erro, e que ser uma mãe e ser mãe é algo divino!